terça-feira, 26 de junho de 2012

Boletim 26 - Divirta-se com moderação


Esse fim de semana presenciamos a primeira briga entre irmãos. Iago e Lys disputaram o mesmo brinquedo e acabou, logicamente, em choro. O Iago adora pegar o brinquedo da mão dos outros, e dessa vez, a Lys não vendeu barato. Foi tão bonitinho ver os dois "interagindo", mas acendeu uma luz de alerta na minha cabeça: como vai ser daqui a alguns meses?. Então, resolvi criar regras de convivência entre crianças, sejam elas irmãos, primos ou amigos, aqui na minha casa (ou em outro lugar quando as crianças tiverem sob minha responsabilidade). 


1) Brinquedos não tem dono. 
Todos os brinquedos aqui de casa devem ser compartilhados. Se alguém não quiser compartilhar UM dos seus brinquedos para outra criança, deve guardá-lo dentro do armário e brincar quando estiver sozinho(a). E quem vier nos visitar, se trouxer brinquedo tem que compartilhar. Não tem essa de "é meu". 

2) Brincou, Guardou.
Se não já viu né... Num apartamento pequeno como o meu, em que a brinquedoteca é na sala, se não guardarem os brinquedos, depois de 1 hora não tem espaço para andar...

3) Brinca quem pegou primeiro. 
Não tem essa de que o brinquedo é meu (vide regra um). 
Não tem essa de dá pra ele porque é menor. Nada de prioridades para os menores.
Não tem esse de dá pra ela porque é menina. Nada de prioridades para as mulheres.
Não tem esse de dá pra ele veio brincar com você. Nada de prioridades para as visitas.
Não tem essa de jeito nenhum de dá pra ele porque tá chorando. Corre o risco de todo mundo chorar (criança sabe chorar com uma facilidade) e o problema fica maior ainda. 
Tem que esperar o amigo que pegou primeiro terminar de brincar. 

4) Quer brincar, negocie. 
Sei que não dá pra esperar o amigo terminar de brincar para pegar o brinquedo. O legal do brinquedo é porque tem alguém brincando. Nessa hora vale negociar. Criança com Criança. Do jeitinho deles. Os pais podem ajudar nessa hora. Ajudar! Ajudar não é negociar por eles (sugerir troca de brinquedos, sugerir que cada um fique um tempinho, sugerir que brinquem juntos com o brinquedo, sugerir mudar de brincadeira). Essa habilidade vai ser muito útil no futuro e é bom já ir treinando desde bebê. 

5) Hora de adulto intervir.
Se houver agressão física ou verbal é hora do adulto entrar em ação. Qualquer adulto pode e deve intervir se ver algo desse tipo. Explique o que a criança fez de errado e peça para ela pedir desculpas. Mesmo não sendo seu filho! (não tem essa de cada mãe conversa com seu filho).
Bater e machucar qualquer pessoa aqui em casa é proibido. Mesmo sem querer, tem que pedir desculpas. A criança tem que aprender a ficar atenta para não machucar ninguém.

6) Quase tudo é permitido, mas Atenção ao comando.
Aqui em casa quase tudo é permitido. Pode desenhar na parede (um cantinho específico), colar adesivo na porta, brincar de pula pula no sofá, mas...
Quando eu falar acabou essa brincadeira, é hora de acabar! Se não, eles extrapolam a minha tolerância e pintam a casa toda, rasgam o sofá, fazem guerra de pipoca e chuva de suco de uva.

Ah, e eu também posso criar regras novas a qualquer momento...




Meu Inferno Astral

Descobri o significado do inferno astral.
É que quando está chegando perto do nosso aniversário, o nosso anjo da guarda acumula as funções do dia a dia com a preparação da surpresa pro nosso niver.
Eu só sei que estou sentindo super mega hiper falta do meu super mega hiper eficiente anjo da guarda...
Acho (espero) que ele deve estar preparando várias coisas boas para ninha família...
Não tô reclamando não viu amiguinho, só estou sentindo a sua falta aqui do meu lado 100% no dia a dia.
Vou tentar ficar tranquila e esperar a chegada do dia 11 de julho.
E que venham boas notícias e acalme esse coração canceriano...
Sylvia


Meus amigos cariocas...

Minha mãe já falou que fomos no Rio, mas eu não falei que me diverti muito com meus amigos cariocas.

Olha eles aí:

Lucca!
 
Marina, minha prima (essa vocês já conhecem...)

 Natália

Guilherme, que já já vai ganhar um irmão!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Boletim 25 - Eles estão crescendo...


O ano chegou na metade, e meus baixinhos já estão com 7 meses! Já sabem sentar sem apoio, seguram seus brinquedos preferidos (qualquer coisa que cabe na mão e dê para levar à boca), e gargalham por qualquer palhaçada do irmão mais velho – seja um beijo na barriga ou um “búúúúú” acompanhado de um pulo que simula um super-herói caindo do céu. 
 
Ver os três brincando juntos é demais! Tudo bem que o juntos aqui ainda é juntos no mesmo espaço físico. Mas um fica prestando atenção no outro, ou no brinquedo do outro. É surreal! Um ri, todos riem. O Iago então A-D-O-R-A ver o Caio jogando bola. Quero ver como vai ser o dia que ele não vai mais aceitar ficar só na torcida, e o primeiro príncipe ter que dividir a artilharia com o principezinho.

Esse mês, os baixinhos engordaram e “encumpridaram” muito bem. Mês passado – o primeiro deles comendo comidinha - não tinham ganhado peso. Lys está medindo 64,5cm (1 metro a menos que a mamãe) e 6,25kg (nenhuma relação com o peso da mamãe). Iago pesa 7,2kg e já está com 70cm. Segundo a pediatra, vai ser alto que nem a mamãe ;)

Seguem na escola firme e forte, e gostam. Mas gostam muito mais quando vou buscá-los. Também é a parte preferida do meu dia. Vai chegando perto das 17h e já vou ficando feliz. Nem lembro do transtorno que é buscá-los na escola e levá-los pra casa. Nem lembro da ´hora do rush´ que é a maior hora do dia e dura uns 150 minutos, apesar de no relógio ela ir de 18h30 as 19h30. Nem lembro que a madrugada tá logo ali na esquina. Só sei que quando chega 17h30 é hora de voar pra ganhar abraços apertados, sorrisos banguelas e beijos babados. Isso vale muito. Isso vale por tudo.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ambientalmente correto!

O que uma criança de 3 anos e 6 meses pode fazer para contribuir com o meio ambiente? 
Não usar mais fraldas! 
Ontem, 14 de junho de 2012, abandonei a fralda noturna. Por mim, já teria tirado faz muito tempo, nem deixava mais meus pais colocarem em mim, mas era só eu dormir, que eles colocavam a tal XXG (deve ser porque ainda durmo na cama deles). A primeira coisa que fazia quando acordava era tirar aquele troço e ir correndo pro banheiro.

Ultimamente eu estava acordando com a fralda seca, mas não foi por isso que ontem eles resolveram me deixar dormir só de cueca. O que aconteceu, foi que as minhas fraldas acabaram e eles esqueceram de comprar mais, aí não teve jeito... 

A minha mãe dormiu tensa, de madrugada me levou dormindo umas três vezes no banheiro, até que falei " não quero fazer xixi mamãe" (ela adora quando eu chamo ela de mamãe!). E quando eu acordei a alegria foi geral! Adulto é muito engraçado mesmo. Ficaram felizes porque dormi sem fralda, mas eram eles que colocavam a fralda em mim... Vai entender! 

Só sei que em retribuição por ter me livrado desse desconforto, prometi que hoje vou dormir na minha cama. Será que vou me arrepender???

Caio

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Na onda da Rio+20

Não vou na Rio+20, mas acabei de fazer um slide (umzinho mesmo!) para colocar na apresentação que a Ministra do Planejamento fará daqui a alguns dias. Então eu posso dizer que estou participando né? Tomara que essa Rio+20 não seja só blá blá blá...

Mas eu vim aqui pra falar que eu fui na Eco-92! Estava no terceiro ano do segundo grau e fomos todos do colégio de ônibus para o evento. Lembro de um grande pavilhão com vários estandes e algumas palestras. Se não me falha a memória não foi no Rio Centro não. Foi num lugar no começo da Av. Embaixador Abellardo Bueno. Naquela ocasião essa rua só tinha mesmo o Autódromo. Hoje, o lado direito (sentido AirtonSena-Rio Centro) não tem um espacinho sem condomínio ou obra em contrução. Bom pra quem se formou em engenharia nos últimos 5 anos, porque quem se formou no milênio passado não tinha tantas alternativas senão mergulhar num mestrado ou se aventurar no mercado financeiro.

Eu, na época, no auge dos meus 17 anos, fazia curso técnico de processamento de dados, estágio de tarde, e cursinho pré-vestibular a noite (mas ainda não tinha decidido que curso fazer). Adorava dançar lambada, que já estava saindo de moda (já falei em outros posts que sou musicalmente brega) e tinha 3 sonhos: Pular de Asa Delta, Ir a um show da Rita Lee, e Assistir a uma Olimíada na cidade-sede. O primeiro sonho não foi realizado e já saiu dos meus planos há muito tempo. O segundo também não consegui realizar, e também não terei oportunidades, já que a querida (continua muito querida por mim) @litaree não está fazendo mais shows. Porém, acompanho a diva pelo twitter o que me deixa super amiga dela. O terceiro... Ah, o terceiro continua sendo um sonho! Amo Olimpíadas! E a de Londres 2012 vai ser a primeira que vou assistir (em casa, pelos n canais sportv) com meus filhos! Como a próxima será no Rio, a chance deu ir será bem grande, mas o sonho é assistir ao vivo, em outro país. Quem sabe em 2020???

Hoje, 20 anos depois, posso dizer que sou uma mulher feliz. Olha que coisa, sou feliz sem ter realizado nenhum dos meus 3 sonhos de 20 anos atrás!  Me formei em Engenharia, fiz mestrado, casei, e tive 3 filhos lindos. A rotina continua intensa (acredito que contrariando a lógica, quanto mais coisa você faz, mas tempo você tem). Acordo todo dia as 6h, e antes das 8h tenho que sair de casa para levar a turma na escola e partir pro trabalho. A hora do almoço é o meu tempo livre que divido entre fazer a unha, fazer ginástica, fazer supermercado, almoçar com marido - porque jantar fora não nos pertence mais, ou simplesmente dormir por 40 minutos). Saio do trabalho antes das 18h para pegar o trio e brinco com eles até as 19h30, quando começo a colocar a turma pra dormir. O último dorme lá pelas 21h as vezes depois de mim. Atualmente as minhas madrugadas não são minhas, mas espero reverter isso em breve. E os meus atuais 3 sonhos? Vamos lá:

Sonhozinhos básicos:
- assistir a uma olimpíadas na cidade-sede (fora do Brasil);
- construir uma casa bem bonita para morar com minha família;
- ver meus filhos crescerem e se tornarem pessoas boas e felizes.

Sonhozinhos ousados:
- assistir a uma olimpíadas na cidade-sede (fora do Brasil) torcendo na arquibancada para um dos meus filhos;
- construir três casas bem bonitas para dar de presente para cada um dos meus filhos;
- ver meus netos e bisnetos crescerem e se tornarem pessoas boas e felizes!

Será que conseguirei realizá-los nos próximos 20 anos???

Nossa primeira viagem a cinco...

Viajar com um filho é mole mole, desde que bem planejado. Com dois eu não sei, mas com 3 é emoção na certa.

Nossa primeira viagem "a cinco" foi desejada desde a gravidez quando soubemos que teríamos gêmeos. Claro que não seria tão cedo quanto foi com o Caio que conheceu o Rio de Janeiro com 2 meses (adrenalina sim, mas com moderação). Na primeira oportunidade que juntou promoção de milhas, um feriadão e bebês com mais de 6 meses estava marcada nossa aventura. O destino teste, Rio de Janeiro.

Partimos para a Cidade Maravilhosa na última quinta-feira. fomos no nosso próprio carro para o aeroporto (que ficou lá estacionado por 3 dias). Tem um amigo nosso que diz não tem o terceiro filho porque não vai caber todo mundo no taxi. É pura verdade. Não cabe mesmo. Ainda mais com 2 malas e um carinho duplo. Primeira decisão acertada. Chegar do aeroporto e ir direto pro nosso carro, com as cadeirinhas dos três, sem ter que ligar e esperar um taxi (tamanho G) é tão bom quanto dormir na sua própria cama depois de alguns dias fora.

No avião
Ao contrário do Caio, que quando bebê passava a viagem toda dormindo, Iago e Lys só cochilaram 20 minutinhos, logo que o avião decolou. Aquele barulhão das turbinas é mais eficiente que canção de ninar. Até que correu tudo bem, tirando o fato da Gol não servir lanche (era só pago) e ter deixado o Pingo estressadinho que estava contando os minutos para a hora do lanche no avião. 
Eu achei o voo da volta mais tranquilo. Deixei vários brinquedos a postos para o Caio não se entediar, vovó preparou um lanche para o avião (mas dessa vez a Gol serviu - ?) e pudemos contar com vizinhos de poltrona bem gentis. Os únicos contratempos foram os meninos que resolveram fazer suas necessidades básicas. Mas trocar falda na poltrona do avião é molezinha para mães de segunda viagem (lembro que me embananei toda quando era mãe estreante)...

No Rio
A estadia no Rio foi 10, mesmo passando os três dias dentro do apartamento por causa da chuva. Também ia ser difícil da gente passear já que a turma daqui é espaçosa e qualquer passeiozinho precisamos de 2 carros ou 1 bem grandão... Os babies se comportaram super bem e não estranharam nada! Adoramos as visitas, os presentinhos e as brincadeiras.Só uma pena não ter zerado a minha contagem " Estou a 382 dias sem ir a praia..."
Agora é começar a planejar a próxima!!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Boletim 24 - De volta ao trabalho

Depois de algumas semanas de licença médica, alguns meses de licença maternidade e alguns dias de férias, estou de volta ao trabalho. Falar de "De volta ao trabalho" para uma mãe que teve gêmeos é covardia né. Até parece que eu não trabalhei nesse tempo todo.

Fico imaginando como as pessoas que não tem filhos (e nunca moraram com um RN) devem pensar da licença maternidade: coisas do tipo o bebê dorme o tempo todo, alimentá-lo é só colocar no peito, se chorar é só pegar no colo...

Eu me preparei para voltar ao meu emprego no serviço público e também preparei meus filhos (se bem que eles ainda são pequenos para sentirem minha falta...). Então está sendo beeeem tranquilo. Não tô chorando escondida no banheiro e nem ligando para a escola deles de hora em hora. A única coisa que eu esqueci foi de pensar como os outros me receberiam. Então aí vai as dicas para as mamães que passarão por isso:

  1. Fotos no Celular
    Todo mundo queria ver a foto dos meus tiquinhos. Claro que eu tenho mil fotos deles no celular, mas estão todas misturadas – fotos boas, fotos ruins, fotos que ninguém precisa ver, fotos que o Caio tira... Então recomendo que deixe as fotos mais lindas separadinhas para mostrar para os colegas de trabalho, sem correr o risco de mostrar sem querer uma foto sua com cara de quem acabou de acordar...
  2. Prepare-se para as piadinhas
    A maioria dos comentários é “Já voltou? Passou rápido né?” Mas sempre tem um engraçadinho que fala “Demorou né? Foram quantos anos? Seu filho já tá andando?” Eu sempre sou muito relevante a esses comentários-padrão, dou um sorrisinho e pronto, mas ouvir “não sabia que gêmeos tinha licença dupla” doeu no meu coração... Deu vontade de falar, “ é dupla? Então vim antes da hora! Tchau” mas é claro que eu me segurei (mas não rolou a risadinha básica de jeito nenhum).
  3. Pena, de mim?
    Eu não estou sofrendo nem por ter voltado ao meu trabalho e nem por ter deixado meus fofinhos na escola. E nem to com cara feia (apesar de não estar dormindo 100%), mas as algumas pessoas conversam comigo e sempre incluem um “que pena né?” . Acho que é tipo comentário-padrão mesmo. Eu costumo falar “não, tô tranquila”, mas de tanto ouvir, tô quase ficando com pena de mim mesma... Aí, volto pra minha mesa e repito comigo mesma 3 vezes: “muito bem Sylvia, você é demais!” Se o ouvir coisas repetidas vai mexer comigo, que eu ouça muitas vezes só coisas boas!

É isso! Próximo desafio já tá marcado: amanhã, nossa primeira viagem de avião. Nós 5. Se eu fosse rica, pedia para alguém filmar essa aventura.
Notícias no próximo boletim, ou ao vivo pra os cariocas quem forem nos ver!